sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Doenças de Peixes - Verme âncora

Ficheiros das Doenças

Vermes âncora

Lernaea sp.

Texto: dr Neville Carrington
Tradução e adaptação: Mário de Araújo








Nesta foto podemos observar
os parasitas fixos no corpo da
Oranda









Sinais de infecção
As fêmeas do verme âncora – que são de facto os parasitas – são fàcilmente reconhecíveis pelo seu aspecto vermiforme quando se fixam no corpo dos peixes. Atingem um comprimento máximo de cerca de 20mm na Primavera, quando se formam dois ovários, com cerca de 3mm cada, na parte livre do corpo.

Peixes afectados
Os verme âncora atacam frequentemente os peixes de lago e não nos aquários.
Cometas, carpas, orandas e outros Ciprinídeos podem ser infestados pela Lernaea cyprinacaea e as espécies mais pequenas pela Lernaea phoxinacaea. Várias espécies de Ciclídeos tropicais podem também ser afectadas pelo verme âncora.

Detalhes da infecção
Apesar do seu nome comum, (anchor worm) não são de facto ‘minhocas’ (worms) mas sim pequenos crustáceos chamados copépodes. Como muitos crustáceos, eles passam por várias etapas larvares durante o crescimento.
As primeiras larvas, quando saiem do ovo na Primavera, nadam livremente até encontrarem um peixe hospedeiro conveniente onde se fixam nas guelras. Entram então na fase não natatória. Os machos do grupo fertilizam as fêmeas e cessam a sua actividade como parasitas. As fêmeas fecundadas recolocam-se então no corpo de um peixe hospedeiro e desenvolvem-se até ao familiar ‘aspecto minhoca’ de parasita.
As fêmeas desovam na Primavera. Depois disto podem morrer ou continuar com outras desovas.
Conforme os parasitas vão morrendo, as feridas abertas na pele e nos músculos podem levar a infecções secundárias das quais os peixes poderão não recuperar.

Tratamento recomendado
Os verme âncora estão firmemente agarrados aos peixes, muitas vezes penetrando profundamente nos tecidos do corpo. Os vermes adultos podem ser retirados um a um e a ferida deve ser desinfectada com uma solução de permanganato de potássio (1g para 500ml de água destilada) com a ajuda de um pincel pequeno, mas este é um processo demorado e potencialmente perigoso para os peixes. Melhor será a utilização de modernos anti-parasitários que eliminam as larvas (por ex: sera protazol).
As feridas profundas originadas pela remoção dos parasitas podem demorar a cicatrizar. Podemos facilitar o processo mantendo os peixes num banho onde adicionaremos sera costapur em conjunto com sera baktopur até que as feridas estejam completamente curadas.



Na foto acima a remoção de um parasita com a ajuda
de uma pinça


marioadearaujo@gmail.com

2 comentários:

Anónimo disse...

Retirei esses tempo um bicho debaixo da escama do peixe lá do meu aquario e não sabia o que era, eis que aqui entrei a resposta! Obrigada!

Unknown disse...

Esse tipo de verme é prejudicial ao ser humano?